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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

5/2 - Buenos Aires (delegacia e alguns passeios pela cidade)

Neste último dia da viagem, fomos cedo a delegacia para dar parte do assalto do dia anterior. Levamos mais ou menos uns 40 minutos para conseguir o boletim de ocorrência (BO) e neste período apareceram por lá um casal de brasileiros, que tiveram todos os documentos e cartões de crédito roubados, e um argentino que também foi assaltado. Infelizmente comprovamos na prática os avisos que nos deram sobre a segurança na cidade. Mas vida que segue, fizemos um pacto que este episódio não iria estragar nossa viagem. Depois da delegacia pegamos um taxi e fomos até o Museu de Arte Moderna, que apresenta obras de artistas famosos como Rodin, Monet e Picasso. Na saída demos uma passada pelo Parque de la Flor e, por último, fomos novamente até a Casa Rosada para tirar umas fotos com o celular da Lela, que não tem boa qualidade mas era a nossa única opção. Sem querer descobrimos que nos finais de semana é possível visitar seu interior e conhecemos os principais aposentos da casa da presidenta Cristina Kirchner. Depois disso fomos novamente a Puerto Madero para almoçar (AR$ 191 ambos polo grille com ensaladas completa e legumes grelhados), voltamos ao hotel para pegar as malas e partimos para o aeroporto para pegar o voo de retorno ao Rio as 20:45. Chegamos em casa as 1:30 da madrugada do dia 6/2.












domingo, 6 de fevereiro de 2011

4/2 - Buenos Aires (Delta del Tigre e Parque de la Costa)

Hoje fomos fazer o passeio de barco no Delta del Tigre também sem contratar o passeio com as agências. Fomos de metrô até a estação Retiro para pegar o trem da “Central do Brasil” (também estação Retiro) até a cidade de Tigre, foram cerca de 15 estações até lá, mais ou menos como pegar o Japeri na Central e ir até a última estação. Chegamos a tempo de pegar o catamarã das 13:30 (AR$ 60, mas tem desconto de AR$ 5 para quem chega a Tigre de trem, sem querer nos demos bem !) e fizemos o passeio  completo, contornando todo o braço principal do delta em cerca de 2 horas. No passeio pelo delta vemos várias casas muito aconchegantes, todas com seu cais próprio, seu barco ancorado e também muitos campings. No ponto mais externo do delta é possível ver até a cidade de Buenos Aires. Depois que chegamos resolvemos ir ao Parque de La Costa, que é praticamente ao lado do cais dos catamarãs, como estava meio tarde compramos o ticket mais barato (AR$ 50 + AR$ 2 de não sei o que até agora...) que não dava direito a algumas atrações dos tickets plus (AR$ 70) e oro (AR$ 100) mas que a gente só foi saber quais eram dentro do parque. Sabíamos que as melhores atrações não estariam contempladas mas não esperávamos que basicamente só sobrariam os shows infantis e a roda gigante...Tirando o show de mágica que foi muito legal, a Lela me fez assisir com ela Cenicienta (Cinderela), La Bela Durmiente (Bela Dormecida) e outros do gênero, fazer o quê ?! Pelo menos o show das águas dançantes do enceramento do parque é bem legal. Ele ocorre em um lago na entrada do parque, são vários chafarizes esguichando água em alturas diferentes e sincronizadas com músicas e efeitos luminosos. Na volta, apesar de ter o ticket do trem da "central", resolvemos pegar o Trem de la Costa (AR$ 16)para conhecê-lo. Nele teríamos que soltar na estação Maipú, andar até a estação Mitre que fica bem próxima e não é necessário comprar outro ticket e pegar o trem até a estação Retido para lá pegamos o metrô até a estação Lavalle que era a mais próxima o nosso hotel. Tudo estava super tranquilo, eram mais ou menos 22 horas, estávamos planejando onde jantaríamos, quando aconteceu o inesperado, fomos assaltados ! Levaram nossas duas máquinas fotográficas, a filmadora que comprei exclusivamente para esta viagem e meu celular, também comprado a pouco tempo. Perdemos todas as fotos e filmes que fizemos em Buenos Aires, não deu tempo de copiá-las para o notebook por causa do horário que chegamos no hotel após o show de tango no dia anterior. O pior é que fomos alertados por várias pessoas sobre a incidência de assaltos na cidade, mas acho que por não termos vivenciado isto, acabamos relaxamos...tínhamos que ter tomado os mesmos cuidados que diariamente tomamos no Rio...mas vida que segue, amanhã cedo vamos na delegacia dar queixa do roubo e ver se temos disposição de fazer alguma coisa por aqui depois disto...vai ser difícil...

3/2 - Buenos Aires - Jardim Botânico e Zoológico

Hoje resolvemos fazer o passeio pela cidade de metrô, pegamos a linha D, soltamos na estação Plaza Itália e fomos conhecer o jardim botânico e o zoológico. O serviço de metrô é muito bom e barato aqui, apenas AR$ 1,10, cerca de R$ 0,50, e tem uma malha de linhas que cobrem praticamente toda a cidade. O jardim botânico não é muito grande mas é bem cuidado com plantas e árvores nativas da região e de várias partes do mundo. Depois fomos no zoológico, que também não é dos maiores, mas é relativamente bem mantido. Diferentemente dos zôos do Brasil aqui eles vendem rações para as crianças darem de comer  aos animais, elas fazem uma festa e os animais se dão bem ! Aproveitei e comprei a ração para dar aos lobos marinhos (4 sardinhas), quando eles sentem o cheiro ficam loucos, só faltam pular fora do aquário, quase ganhei uma dentada do maior deles quando fingi que ia jogar uma sardinha, a Lela filmou tudo ! Existem também muitos animais que ficam soltos no zoo, basicamente roedores.
A noite fomos ao show de tango Señor Tango (AR$ 500 com jantar e translado). Na chegada, para quem contratou, é servido um jantar que tem apenas duas opções: chorizo ou trucha (não gostei muito da trucha, mas a Lela adorou o chorizo, maior filezão!).
Segundo os argentinos, este é o melhor show de tango da cidade. e deve ser mesmo, o show foi incrível, começa contando a história do tango desde a época da colonização da Argentina. Neste ponto cavaleiros e cavalos de verdade entram no palco, sob um intenso nevoeiro e impressionantes efeitos luminosos, simulando uma luta com espadas. Contada a história do tango, começam a entrar no palco os casais de dançarinos, demonstrando toda a magia e sensualidade desta dança. Depois a dança começou a ser alternada com interpretações de músicas tradicionais realizadas por um cantor (igualzinho ao Galvão Bueno!) e duas cantoras loiras e gêmeas (que pareciam as Ronaldinhas), Algumas vezes o palco era ocupado por cinco ou seis casais, todos dançando ao mesmo tempo, a gente não sabia nem para onde olhar! E aí, depois de mais ou menos duas horas de show, chegamos ao GRAND FINALE. Com o Galvão e as Ronaldinhas cantando “Non chores por mi Argentina” no centro do palco que foi elevado, rodeados por vários casais de dançarinos, todos com a mão direita na altura do coração e sob intensa chuva de papeis laminados, nevoeiro e efeitos luminosos. Finalizando, descem várias bandeiras da Argentina, desde o teto da casa de espetáculo e cada casal pega uma delas esticando-as pelos lados e neste momento o palco começa a rodar. É emocionante para nós brasileiros, que dirá para os argentinos que são patriotas ao extremo. Certamente um dos melhores espetáculos que já assistimos.

*** sem fotos... *** 

2/2 - Buenos Aires (City tur)

Como chegamos muito tarde ontem, não conseguimos acordar cedo hoje para pegar os passeios da manhã, que saem ás 9 horas. Com isto só deu para fazer um city tur na parte da tarde, contratamos o passeio com a empresa que presta estes serviços para o hotel. Mas foi bem legal, a guia Cintia, que é super extrovertida, conhece bem a história da cidade e nos levou a lugares bem interessantes. Começamos pela zona norte da cidade, que é a parte nobre, conhecemos os bairros Palermo Chico, onde tem o museu de belas artes, parque da flor e biblioteca nacional. Depois seguimos para o bairro da  Recoleta, que é o mais nobre de cidade, com suas mansões, palacetes e embaixadas, como a do Brasil e França. Na sequência passamos pelo famoso Teatro Colón e chegamos na Plaza de Mayo, onde fica a Casa Rosada e o Mausoléu de San Martin, o libertador da Argentina, Chile e Peru. Neste ponto desembarcamos por 15 minutos para tirar fotos do local. Daí seguimos para a zona sul da cidade, a parte pobre, chegando ao bairro La Boca, onde visitamos o famoso estádio La Bombonera, do Boca Junior. Depois desembarcamos no bairro Caminito, que é parecido com a nossa Lapa, com seus cortiços, só que nele as paredes são de folhas de zinco pintadas de várias cores. Por último fomos até o Puerto Madero, que era o antigo cais da cidade, mas que foi desativado e transformado no principal centro gastronômico de Buenos Aires. Gostamos tanto daqui que voltamos a noite para jantar, viemos andando mesmo, nosso hotel não fica tão longe, acho que dá uns 15 minutos andando. Comemos no restaurante Bahia Madero, eu Merluça com purê de papas e Lela Supreme de Frango e cerveza (AR$ 188), muito bom !

*** a ausência de fotos a partir deste post será explicada no post do dia 4/2 ***

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

1/2 - Ushuaia (Lagos Escondido e Fagnano)

Hoje pegamos a Ruta Nacional 3, sentido norte, e fomos conhecer os lagos Escondido e Fagnano. Primeiro passamos pelo lago Escondido, que fica a cerca de 60km de Ushuaia, e está num vale cercado de montanhas. Neste ponto a estrada foi escavada no alto das montanhas dando uma visão muito bonita do lago. Pouco depois começa a aparecer o gigantesco lago Fagnano, mas só a cerca de 100km de Ushuaia é que chegamos a uma entrada que dá acesso a uma de suas praias. Nunca vimos uma praia com tanto vento na nossa vida, chegava a balançar o carro ! E o pior, a Lela resolveu sair do carro para catar pedrinha para a Zanza, resultado: o vento quase arrancou a porta do carro! Na volta paramos no centro de Sky Cerro Castor, mas é claro estava fechado por falta de neve. Por último paramos no Centro Invernal Tierra Mayor, que no inverno faz passeios de trenó puxados por Husks numa planície gigantesca em frente. Como não tem neve, os cachorros não estavam trabalhando e fomos visitá-los no canil. Eles devem ter uns 50 cachorros, sendo a maioria Huscks, outros que parecem lobos e de outras espécies que não conheçemos. Tinham também 2 filhotes que o tratador deixou a gente pegar, enfim foi muito legal ter parado neste lugar. Finalizando o dia, passamos na cidade para fazer algumas compras e partimos para pegar nosso vôo para Buenos Aires as 20:30. Chegamos as 23:45, e já fomos roubados pelo taxista no translado até o hotel (AR$ 70). Fizemos o checkin e assim que entramos no quarto nos perguntamos: depois dos lugares incríveis que conhecemos na Patagônia, o que é que estamos fazendo aqui ? As férias já acabaram ? Parece que Já estamos no Rio...e o pior, no centro da cidade




























31/1 - Ushuaia (Parque Nacional Tierra del Fuego)

Hoje conhecemos o Parque Nacional  Tierra Del Fuego (AR$ 65) que fica a 12km de Ushuaia, seguindo pela Ruta Nacional 3. Antes de entrar no parque fomos até a estação do Tren del Fin del mundo (AR$ 130) apenas para conhecer, pois estávamos de carro e perderíamos muito tempo esperando o trem, que sai de hora em hora e leva 1:30 no trajeto que só percorre o começo do parque. Entramos de carro no parque e fizemos um reconhecimento andando em todas as estradas pavimentadas até a baia Lapataia, que é o final da ruta nacional 3, ou seja, não há mais estradas no continente a partir deste ponto! Esta baia foi também um dos lugares mais frios que passamos, o vento que sopra da Antártida é congelante, mesmo no verão! O lugar que achamos mais bonito no parque foi o lago Roca, de onde começam as trilhas Hiro, que contorna o lago, e Guanaco (que tem dois mirantes para o lago no alto do cerro guanaco).  Durante a volta de carro pelo parque conhecemos o centro de visitantes que tem um restaurante bem aconchegante e está com uma exposição sobre os povos primitivos da Terra do Fogo, os Yamanas. Quando estávamos saindo do parque percebi um zorro (raposa) preparando o bote para pegar uma lebre, rapidamente peguei a filmadora tal qual um cinegrafista da NatGeo, me posicionei, enquadrei o zorro, quando o bicho ia dar o bote, um bando de turistas, acho que da Alemanha, começaram a gritar e correr em direção do zorro, daí a lebre correu para um lado o zorro para o outro e lá se foi o meu primeiro vídeo da vida selvagem. Outra coisa muito estranha que observamos foram as centenas de árvores derrubadas próximas de arroios e alagados, e parece que a culpa é dos castores, mas foi difícil de acreditar nisso. Segundo nos informaram, em 1946 alguém trouxe 20 casais de castores canadenses e, por nao terem predadores naturais, se multiplicaram de tal forma que se transformaram numa praga, devastando grandes áreas de floresta. Por último resolvi fazer algumas trilhas, comecei pela cascata do pipo, depois castoreira, laguna negra (que na realidade é um turbal) e por último a do cerro guanaco, que é a mais bonita de todas e também a mais difícil. Infelizmente não deu tempo de percorrê-la por completo, a informação do parque diz que o tempo de percurso só de ida é de 4 horas, mas para não ficar com água na boca subi só até o primeiro mirante, que segundo o pessoal é a parte mais difícil da trilha, levando cerca de uma hora até lá. No ritmo que subi até o primeiro mirante dava para concluir a ida em duas horas, mas como não levei água e a Lela já estava  me esperando a muito tempo, resolvi voltar deste ponto. Não preciso dizer que ficou aquele arrependimento de desistir faltando tão pouco. Na volta jantamos novamente no Moustacchio, eu polo grille e Lela filé de choriço (AR$ 108)