Hoje conhecemos o Parque Nacional Tierra Del Fuego (AR$ 65) que fica a 12km de Ushuaia, seguindo pela Ruta Nacional 3. Antes de entrar no parque fomos até a estação do Tren del Fin del mundo (AR$ 130) apenas para conhecer, pois estávamos de carro e perderíamos muito tempo esperando o trem, que sai de hora em hora e leva 1:30 no trajeto que só percorre o começo do parque. Entramos de carro no parque e fizemos um reconhecimento andando em todas as estradas pavimentadas até a baia Lapataia, que é o final da ruta nacional 3, ou seja, não há mais estradas no continente a partir deste ponto! Esta baia foi também um dos lugares mais frios que passamos, o vento que sopra da Antártida é congelante, mesmo no verão! O lugar que achamos mais bonito no parque foi o lago Roca, de onde começam as trilhas Hiro, que contorna o lago, e Guanaco (que tem dois mirantes para o lago no alto do cerro guanaco). Durante a volta de carro pelo parque conhecemos o centro de visitantes que tem um restaurante bem aconchegante e está com uma exposição sobre os povos primitivos da Terra do Fogo, os Yamanas. Quando estávamos saindo do parque percebi um zorro (raposa) preparando o bote para pegar uma lebre, rapidamente peguei a filmadora tal qual um cinegrafista da NatGeo, me posicionei, enquadrei o zorro, quando o bicho ia dar o bote, um bando de turistas, acho que da Alemanha, começaram a gritar e correr em direção do zorro, daí a lebre correu para um lado o zorro para o outro e lá se foi o meu primeiro vídeo da vida selvagem. Outra coisa muito estranha que observamos foram as centenas de árvores derrubadas próximas de arroios e alagados, e parece que a culpa é dos castores, mas foi difícil de acreditar nisso. Segundo nos informaram, em 1946 alguém trouxe 20 casais de castores canadenses e, por nao terem predadores naturais, se multiplicaram de tal forma que se transformaram numa praga, devastando grandes áreas de floresta. Por último resolvi fazer algumas trilhas, comecei pela cascata do pipo, depois castoreira, laguna negra (que na realidade é um turbal) e por último a do cerro guanaco, que é a mais bonita de todas e também a mais difícil. Infelizmente não deu tempo de percorrê-la por completo, a informação do parque diz que o tempo de percurso só de ida é de 4 horas, mas para não ficar com água na boca subi só até o primeiro mirante, que segundo o pessoal é a parte mais difícil da trilha, levando cerca de uma hora até lá. No ritmo que subi até o primeiro mirante dava para concluir a ida em duas horas, mas como não levei água e a Lela já estava me esperando a muito tempo, resolvi voltar deste ponto. Não preciso dizer que ficou aquele arrependimento de desistir faltando tão pouco. Na volta jantamos novamente no Moustacchio, eu polo grille e Lela filé de choriço (AR$ 108)
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