Nosso Diário de Viagens: Ubatuba - 032014 - dia 2

Hoje acordei cedo para aproveita o tempo mais ou menos e fazer a complicada trilha até o Pico do Corcovado. Faltou pouco para eu abortar a aventura pois não conseguia achar o início da trilha. Na realidade estava desistindo quando encontrei um senhorzinho que me passou o pulo do gato. O caminho é o seguinte: pegar a estrada do corcovado na praia dura e seguir por 4km até uma ruazinha de terra a direita com a única placa que tem indicação do pico. Seguir esta ruazinha até uma ponte sobre um riacho, este é o ponto de estacionar o carro. Atravesse a ponte e siga a estradinha pela esquerda e na 1ª bifurcação pegar a direita. Vai passar por um campinho de futebol e quando chegar em frente a última casa mantenha a direita, não pegue caminho que beira um lago. Seguindo em frente vai atravessar um rio e se continuar vai atravessar outro e errar o caminho. O pulo do gato é pegar, pouco antes do segundo rio, uma trilha a esquerda que vai levar a atravessar este segundo rio de frente para o início da trilha. A partir daí siga as várias fitas plásticas, tipo aquelas pretas e amarelas usada para isolar áreas, que estão espalhadas por quase toda a trilha para orientar o caminho. A trilha tem trechos de alta dificuldade, com longas e íngremes subidas e intermináveis trepa-pedras, mas pelo menos conta com alguns pontos de água potável. Mais ou menos na metade do caminho temos uma formação rochosa chamada de "igrejinha" e, em seguida, um mirante com uma bela vista da cidade e de onde já se avista o pico. Completei o percurso até os 1.160 metros de altura do pico em cerca de 2:15 horas, mas infelizmente peguei parte da cidade encoberta. Na descida tomei todo o cuidado do mundo, pois estava cansado da subida e a trilha estava muito molhada e perigosa devido a alta inclinação e os trepa-pedras. Felizmente consegui fazer o percurso de volta sem maiores problemas, apenas dois espinhos espetados na mão ao segurar um galho espinhento. Estava contando esta vantagem a poucos metros do final da trilha, já escutando o cachorro do senhorzinho latir, quando o pior aconteceu: esbarrei numa casa de marimbondos ou vespas, sei lá, e veio um enxame delas atrás de mim me picando em todos os lugares do corpo. Não tive alternativa a não ser correr para o rio e esperar que elas se fossem, pois teria que passar por onde elas estavam para sair. Ainda bem que tive o reflexo de tirar a pochete antes de entrar no rio senão já era a máquina fotográfica e o celular. Esperei alguns minutos para ver se elas iam embora mas nada, as desgraçadas continuavam voando que nem doidas. Aí não teve jeito, tive que encarar e passar correndo por elas, ganhando mais algumas picadas !!