Nestas férias voltamos ao nordeste, desta vez optamos por
conhecer Jericoacoara e Canoa Quebrada, no Ceará, que em 1993 deixamos de ir
numa viagem que fizemos para Fortaleza e Natal.
Pegamos um voo direto da Gol para Fortaleza, reservamos um
carro pela Unidas, que deu rolo, a empresa não tinha carro disponível na
categoria B reservada e foram obrigados a nos ceder gratuitamente um upgrade
para a categoria C. Depois de perder quase uma hora desenrolando o upgrade do
carro, iniciamos os 300km até Jeri de
forma bem confusa pois que não dava para enxergar o visor do GPS do carro e
tivemos que usar o do celular da Lela. Esta distância até Jeri não era o
problema, o medo eram os últimos 20km que são em estrada de areia fofa. Tentamos
não parar durante o percurso para chegar na parte de areia ainda de dia, e
tentar seguir a rota traçada no Google Maps, que baixei para ser usada off line, mas
não foi possível, acabou a bateria do celular da Lela e chegamos em Jijoca anoitecendo.
Daí não teve jeito, tivemos que contratar os serviços de um guia para nos levar
até a vila. E foi a coisa certa que fizemos, além da areia super fofa, que
certamente atolaria o carro, existem dezenas de trilhas que levam a vários
lugares diferentes que só o pessoal local conhece. O guia que contratamos foi o Rodrigo, que inicialmente
cobrou 70 reais pelo serviço, que foi fechado por 50 reais. Ele até deixou eu
levar o carro nos primeiros quilômetros, mas quando chegou na areia fofa de
verdade ele mandou parar, colocou 13 libras nos 4 pneus (o cara anda com aquele
aparelho que mede a calibragem do pneu) e sugeriu que ele levasse o carro, o
que concordei prontamente.
Em Jeri só
circulam os carros dos moradores e do pessoal que trabalha com turismo, os
turistas que arriscam ir de carro são obrigados e deixá-los no estacionamento
municipal, que fica na entrada da vila, e cobra 10 reais por dia.
Acertamos com
o Rodrigo, que também é bugueiro, o passeio do lado leste da vila. Ele cobrou
150 reais pelo passeio compartilhado, com mais um casal que ele disse já ter
acertado.
Resumindo, contando desde a saída de casa, levamos quase 12
horas para chegar na pousada.
A pousada reservada pelo Booking foi a La Vie Jeri (antiga Tamarindo – 330
reais), que estava avaliada com 9.3. Foi uma ótima escolha, a pousada é bem
agradável, tem boa localização, limpa e funcionários atenciosos.
Todos os quartos da pousada tem nomes de famosos, o nosso
foi o da pintora mexicana Frida Kahlo, outros se chamam Beatles, Chaplin, Marilyn etc.
No quarto ao lado do nosso estava hospedado um casal de
paulistas super simpáticos, o Edu e a Carol, que também tinham acabado de
chegar e fizemos amizade rapidamente.
Depois do check in jantamos no restaurante Sapão, frango com
arroz, salada e purê, fizemos uma voltinha de reconhecimento na vila e voltamos
para a pousada para dormir pois estávamos super cansados.
No segundo dia faríamos o passeio pelo lado leste com o
buggy do Rodrigo e o outro casal, mas a Lela não estava se sentindo bem e não quis
arriscar. Daí, depois de muita hesitação, acabei resolvendo fazer o passeio sem
ela. Só que quem apareceu para fazer o passeio foi um tal de Roger, e o outro
“casal” eram dois noruegueses, não entendi nada...como a Lela não foi negociei
pagar só 100 reais, o que o bugueiro não gostou nada. O passeio foi bem legal,
passou pela pedra furada, árvore da preguiça, lagoa azul (não parou porque a lagoa
estava com pouca água) e lagoa do paraíso (entrada Alchymist). Esta última com parada de mais de
duas horas para banho e almoço. Uma das melhores coisas a se fazer nesta lagoa
é se esticar nas redes colocadas na água e deixar as marolas molharem o corpo.
Na volta para a pousada almoçamos no restaurante Rústico e
Acústico, novamente frango, arroz, e o purê deu lugar a batatas cozidas.
Depois fomos ver o primeiro de uma série de belos pores do
sol da concorrida duna “do por do sol”, uma das raras opções no Brasil de por
do sol no horizonte do mar, antes só tínhamos visto isto em Noronha.
Finalizamos o dia curtindo a piscina da pousada
pedra furada
foto panorâmica da pedra furada, registrada do morro em frente
árvore da preguiça - foi tombada pelo vento e cresceu na areia
lagoa do paraíso
dunas de Jeri, no caminho de volta da lagoa para a vila
concorrida duna do por do sol
piscina da pousada
O terceiro dia começou com uma corrida de 10k pelas praias do lado oeste de Jeri. Depois fizemos o passeio do lado oeste com
o Edu e a Carol, com o bugueiro que eles fizeram o passeio do lado leste e gostaram
bastante. Mas da mesma forma que ocorreu comigo no dia anterior, apareceu outro
bugueiro, um tal de Fábio. Mas o cara era gente boa e foi legal fazer o passeio
com ele. Este passeio começa com um tremendo sobe e desce de dunas, travessia de rio em
balsa, mangue, até chegar na lagoa da Tatajuba, onde rola uma parada para banho
e almoço.
Esta lagoa é uma das melhores para a prática do kite, os caras fazem
manobras impressionantes, sobem a mais de 10 metros de altura. A lagoa também
tem as mesmas redes dentro d’água que as da lagoa do paraíso, mas nela as ondas são mais
fortes, a água é mais turva por causa dos fortes ventos.
A volta deste passeio
foi punk, pegamos um vento contra fortíssimo, a areia batia com tanta força na
pele que machucava, esfoliação grátis!
Na volta repetimos o almoço no Rústico e Acústico, eu um
salmão com arroz, purê e salada, e a Lela frango com feijão, arroz, batata
cozida e salada.
Depois fomos assistir a mais um belo por do sol na duna
“do por do sol”, desta vez resolvemos ficar na praia, no pé da duna.
Infelizmente hoje pifou a bateria da máquina fotográfica, não está pegando a carga. A partir de hoje fotos só com o celular da Lela.
mangue seco, depois da travessia de balsa
duna do skybunda
só fera no kite !
lagoa de tatajuba
menu ao vivo: lagosta, peixe e camarões
aguardando a balsa para atravessar o rio
por do sol, desta vez a gente assistiu na praia, no pé da duna
pracinha da vila, ao lado do famoso restaurante Samba & Rock
No quarto dia fui com a Lela de D20 até a lagoa do paraíso para ela conhecer (R$ 15,00 por pessoa, só leva até a lagoa do paraíso e Jijoca).
Mas este passeio quase não saiu devido a uma confusão
entre os motoristas das caminhonetes. Já estávamos sentados na primeira
camionete da fila quando apareceu o motorista da “vez”, que havia ido pegar uns
passageiros na pousada e queria lotar sua camionete com a capacidade máxima de
12 pessoas. Só que os dois lugares restantes eram super desconfortáveis e a
gente decidiu não ir mais. Foi quando o primeiro motorista foi atrás da gente
informando que ele iria só com a gente e um outro grupo de 4 pessoas que
estavam aguardando. Daí a gente aceitou e seguimos para a lagoa do paraíso o
que se mostrou ter sido uma ótima escolha já que a Lela adorou o lugar.
Mas até eu decidir dar uma corridinha de meia hora, que virou uma volta
completa na lagoa e levou mais de uma hora...
Na volta, para não perder o por do sol na duna “do por do
sol”, a gente mandou um açaí no Jerimum, encontramos o Edu e a Carol na pousada e
fomos para a praia assisti-lo.
A noite a gente jantou com eles no sofisticado (e caro!) restaurante
Tamarindo, que pertencia aos mesmos donos da nossa pousada, mas que com o
término da sociedade ficou para um dos sócios.
Amanhã após o café vamos pegar a estrada para Canoa Quebrada, vai ser cansativo pois serão quase 500km
Amanhã após o café vamos pegar a estrada para Canoa Quebrada, vai ser cansativo pois serão quase 500km
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