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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Jericoacoara 10/2016

Nestas férias voltamos ao nordeste, desta vez optamos por conhecer Jericoacoara e Canoa Quebrada, no Ceará, que em 1993 deixamos de ir numa viagem que fizemos para Fortaleza e Natal.

Pegamos um voo direto da Gol para Fortaleza, reservamos um carro pela Unidas, que deu rolo, a empresa não tinha carro disponível na categoria B reservada e foram obrigados a nos ceder gratuitamente um upgrade para a categoria C. Depois de perder quase uma hora desenrolando o upgrade do carro,  iniciamos os 300km até Jeri de forma bem confusa pois que não dava para enxergar o visor do GPS do carro e tivemos que usar o do celular da Lela. Esta distância até Jeri não era o problema, o medo eram os últimos 20km que são em estrada de areia fofa. Tentamos não parar durante o percurso para chegar na parte de areia ainda de dia, e tentar seguir a rota traçada no Google Maps, que baixei para ser usada off line, mas não foi possível, acabou a bateria do celular da Lela e chegamos em Jijoca anoitecendo. Daí não teve jeito, tivemos que contratar os serviços de um guia para nos levar até a vila. E foi a coisa certa que fizemos, além da areia super fofa, que certamente atolaria o carro, existem dezenas de trilhas que levam a vários lugares diferentes que só o pessoal local conhece. O guia que contratamos foi o Rodrigo, que inicialmente cobrou 70 reais pelo serviço, que foi fechado por 50 reais. Ele até deixou eu levar o carro nos primeiros quilômetros, mas quando chegou na areia fofa de verdade ele mandou parar, colocou 13 libras nos 4 pneus (o cara anda com aquele aparelho que mede a calibragem do pneu) e sugeriu que ele levasse o carro, o que concordei prontamente. 
Em Jeri  só circulam os carros dos moradores e do pessoal que trabalha com turismo, os turistas que arriscam ir de carro são obrigados e deixá-los no estacionamento municipal, que fica na entrada da vila, e cobra 10 reais por dia. 
Acertamos com o Rodrigo, que também é bugueiro, o passeio do lado leste da vila. Ele cobrou 150 reais pelo passeio compartilhado, com mais um casal que ele disse já ter acertado.

Resumindo, contando desde a saída de casa, levamos quase 12 horas para chegar na pousada.

A pousada reservada pelo Booking  foi a La Vie Jeri (antiga Tamarindo – 330 reais), que estava avaliada com 9.3. Foi uma ótima escolha, a pousada é bem agradável, tem boa localização, limpa e funcionários atenciosos. 

Todos os quartos da pousada tem nomes de famosos, o nosso foi o da pintora mexicana Frida Kahlo, outros se chamam Beatles, Chaplin, Marilyn etc.

No quarto ao lado do nosso estava hospedado um casal de paulistas super simpáticos, o Edu e a Carol, que também tinham acabado de chegar e fizemos amizade rapidamente.

Depois do check in jantamos no restaurante Sapão, frango com arroz, salada e purê, fizemos uma voltinha de reconhecimento na vila e voltamos para a pousada para dormir pois estávamos super cansados.


No segundo dia faríamos o passeio pelo lado leste com o buggy do Rodrigo e o outro casal, mas a Lela não estava se sentindo bem e não quis arriscar. Daí, depois de muita hesitação, acabei resolvendo fazer o passeio sem ela. Só que quem apareceu para fazer o passeio foi um tal de Roger, e o outro “casal” eram dois noruegueses, não entendi nada...como a Lela não foi negociei pagar só 100 reais, o que o bugueiro não gostou nada. O passeio foi bem legal, passou pela pedra furada, árvore da preguiça, lagoa azul (não parou porque a lagoa estava com pouca água) e lagoa do paraíso (entrada Alchymist). Esta última com parada de mais de duas horas para banho e almoço. Uma das melhores coisas a se fazer nesta lagoa é se esticar nas redes colocadas na água e deixar as marolas molharem o corpo.
Na volta para a pousada almoçamos no restaurante Rústico e Acústico, novamente frango, arroz, e o purê deu lugar a batatas cozidas.

Depois fomos ver o primeiro de uma série de belos pores do sol da concorrida duna “do por do sol”, uma das raras opções no Brasil de por do sol no horizonte do mar, antes só tínhamos visto isto em Noronha.
Finalizamos o dia curtindo a piscina da pousada


pedra furada
 


foto panorâmica da pedra furada, registrada do morro em frente

árvore da preguiça - foi tombada pelo vento e cresceu na areia
lagoa do paraíso




dunas de Jeri, no caminho de volta da lagoa para a vila

concorrida duna do por do sol






piscina da pousada

O terceiro dia começou com uma corrida de 10k pelas praias do lado oeste de Jeri. Depois fizemos o passeio do lado oeste com o Edu e a Carol, com o bugueiro que eles fizeram o passeio do lado leste e gostaram bastante. Mas da mesma forma que ocorreu comigo no dia anterior, apareceu outro bugueiro, um tal de Fábio. Mas o cara era gente boa e foi legal fazer o passeio com ele. Este passeio começa com um tremendo sobe e desce de dunas, travessia de rio em balsa, mangue, até chegar na lagoa da Tatajuba, onde rola uma parada para banho e almoço. 
Esta lagoa é uma das melhores para a prática do kite, os caras fazem manobras impressionantes, sobem a mais de 10 metros de altura. A lagoa também tem as mesmas redes dentro d’água que as da lagoa do paraíso, mas nela as ondas são mais fortes, a água é mais turva por causa dos fortes ventos. 
A volta deste passeio foi punk, pegamos um vento contra fortíssimo, a areia batia com tanta força na pele que machucava, esfoliação grátis!
Na volta repetimos o almoço no Rústico e Acústico, eu um salmão com arroz, purê e salada, e a Lela frango com feijão, arroz, batata cozida e salada.
Depois fomos assistir a mais um belo por do sol na duna “do por do sol”, desta vez resolvemos ficar na praia, no pé da duna. 
Infelizmente hoje pifou a bateria da máquina fotográfica, não está pegando a carga. A partir de hoje fotos só com o celular da Lela.



mangue seco, depois da travessia de balsa





duna do skybunda
só fera no kite !



lagoa de tatajuba

menu ao vivo: lagosta, peixe e camarões

aguardando a balsa para atravessar o rio

por do sol, desta vez a gente assistiu na praia, no pé da duna


pracinha da vila, ao lado do famoso restaurante Samba & Rock

No quarto dia fui com a Lela de D20 até a lagoa do paraíso para ela conhecer (R$ 15,00 por pessoa, só leva até a lagoa do paraíso e Jijoca). 
Mas este passeio quase não saiu devido a uma confusão entre os motoristas das caminhonetes. Já estávamos sentados na primeira camionete da fila quando apareceu o motorista da “vez”, que havia ido pegar uns passageiros na pousada e queria lotar sua camionete com a capacidade máxima de 12 pessoas. Só que os dois lugares restantes eram super desconfortáveis e a gente decidiu não ir mais. Foi quando o primeiro motorista foi atrás da gente informando que ele iria só com a gente e um outro grupo de 4 pessoas que estavam aguardando. Daí a gente aceitou e seguimos para a lagoa do paraíso o que se mostrou ter sido uma ótima escolha já que a Lela adorou o lugar. 
Mas até eu decidir dar uma corridinha de meia hora, que virou uma volta completa na lagoa e levou mais de uma hora...
Na volta, para não perder o por do sol na duna “do por do sol”, a gente mandou um açaí no Jerimum, encontramos o Edu e a Carol na pousada e fomos para a praia assisti-lo.
A noite a gente jantou com eles no sofisticado (e caro!) restaurante Tamarindo, que pertencia aos mesmos donos da nossa pousada, mas que com o término da sociedade ficou para um dos sócios.
Amanhã após o café vamos pegar a estrada para Canoa Quebrada, vai ser cansativo pois serão quase 500km 

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